Processo de Design como meio, não fim: como aplicar a intuição e criar jornadas realmente inovadoras que encantam o cliente.

Processo de Design como meio, não fim: como aplicar a intuição e criar jornadas realmente inovadoras que encantam o cliente.

Design não é só sobre seguir metodologias, é sobre explorar o desconhecido e criar soluções. Entenda como o equilíbrio entre processo e intuição pode transformar seu produto e encantar o cliente.

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Kim Achan

Atualizado em 21 de out. de 2025

CONTEÚDO

Uma coisa intrínseca ao processo de design é a metodologia. Aprendemos que ser designer é atuar de acordo com um modus operandi, e ser um bom designer é saber pular de metodologia em metodologia a partir de uma análise fria e assertiva da melhor abordagem para aquele problema específico.

Isso não é diferente quando descemos um pouco e chegamos ao design de produto. Design Thinking, Double Diamond, Discovery, Delivery, modelo Lean… não faltam metodologias para serem estudadas ****que inovaram o mercado e mudaram a forma de pensar de gerações. Assim, muito do que se pensa ao se tornar um designer de produto é estudar cegamente um formato de trabalho e achar que o estudo termina aí. Mas (atenção, vou falar algo meio duro de ouvir…) se todo mundo tem os mesmos processos (calma, respira…) por que nem todo mundo (desculpa…) cria coisas incríveis (ai!)?

Existe algo que vem com a experiência e o tempo como designer: aquele desejo de seguir a própria intuição. Tanto tempo seguindo o mesmo passo a passo dá aquele sentimento de prisão – é inegável. Então, por que não fazer igual a tantas histórias inspiradoras? Por que não tomar as rédeas da própria jornada, sentir o vento no rosto, o olho encher de lágrimas de emoção e simplesmente jogar tudo para o ar?

Bom… porque isso provavelmente vai dar m*rd@. (Mas não por inteiro.)

Seguir um processo cegamente é tão doloroso para um produto quanto o desejo incontrolável de mudar tudo. Existe algo sabido e compartilhado entre lideranças de produtos de sucesso: você tem que abrir espaço para o acaso. Para que decisões sem resposta concreta e sem direcionamento claro de dados surpreendam. Muito acontece no desconhecido, e um produto que se fecha a essas oportunidades atira no próprio pé. Ter um time de designers maduros, conscientes da padronização de descobrimento, que sabe fazer as atividades seguirem uma sequência em cadeia e resultarem no esperado é ótimo. Mas ter um time que, além disso, sabe flertar com o desconhecido… é mágico. ✨

Um time intuitivo, eu diria, é mais seguro. Principalmente quando falamos de um mercado com o tamanho que tem o mercado de soluções digitais hoje em dia. Segurança psicológica, autonomia e espaço para experimentar são ingredientes difíceis de encontrar funcionando de forma plena (o que não falta por aí é esse tipo de descrição em vaga de trabalho). Lideranças que só cobram processo, criam executores e… sinceramente? Executores repetem e entregam o mesmo trabalho por aí. Lideranças que estimulam raciocínio criam pessoas habilitadas a inovar.

Me permita dizer: um design de alto nível acontece quando profissionais:

✦ entendem o processo tão bem que conseguem dobrá-lo;

✦ sabem quando ir mais fundo e quando cortar caminho;

✦ tomam decisões não só “certas”, mas ousadas e relevantes para o contexto.

E, quando isso cruza com o contexto do cliente, o ganho se torna ainda maior.

É ótimo quando temos uma reunião de alinhamento de discovery e damos checks no que foi realizado até aqui. “Comparativo entre concorrentes feito? Sim! Entrevistas realizadas? Sim! Jornada mapeada? Sim!” Pois imagine um grande sorriso inexpressivo aqui 😬.

O “quê” da questão do que eu estou falando está (muito) na atenção. É ao prestar atenção que se pode enxergar a conexão que existe entre o cliente e o problema em questão. É ao prestar atenção que você cria a porta que vai permitir algo realmente impactante sair dali.

“Quando prestamos atenção de verdade, até o óbvio revela algo novo”, diria algum livro budista sobre atenção plena.

Vamos lembrar: o cliente veio até você para que você solucione a dor dele (óbvio), mas quais outras perguntas sobre o que o rodeia você pode fazer? O que falta conhecer sobre ele? Porque é ao fazer essas perguntas que você vai conseguir as respostas que calibram o seu poder de inovar, de surpreender.

Intuição = experiência + sensibilidade + leitura de contexto

Intuição não é improviso inconsequente. Pelo contrário: é o resultado de tantas referências, experiências, erros e acertos acumulados que nosso cérebro cria atalhos inteligentes. Uma intuição bem treinada reduz riscos. Ela enxerga padrões antes que os dados mostrem.

Aaaah, beleza, Kim (vou aceitar certa revolta se você chegou até aqui). Entendi que existe essa tal intuição, mas esse não é um conceito abstrato e out there demais para algo tão corporativo-mercadológico-capitalista quanto o processo de produtos digitais?

Bom, para mim, não. E, apesar de que sim, acredito no abstrato da coisa, decidi tentar exemplificar um pouco o que pode significar essa intuição durante um Discovery, por exemplo (de nada!):

✦ Olhe para processos com lógica. O modus operandi da minha empresa, do meu time, é relevante para o meu usuário? O que eu posso fazer para que isso se encaixe perfeitamente? Quem eu preciso acionar? O que eu preciso desconstruir (e reconstruir)?

✦ Olhe para o cliente com empatia. Quais outros entregáveis ajudarão ele a obter mais sucesso na jornada de produto? Um documento executivo? Estratégias de comunicação com as próprias lideranças? O que mais envolve o dia a dia dele além da nossa reunião semanal de alinhamento?

✦ Olhe para o padrão com coragem (de quebrá-lo). Entenda que, na escalabilidade, o modo que for definido aqui pode significar um novo formato – único – de trabalho para o sucesso daquele produto.

✦ E olhe para o negócio com estratégia. Sem medo de entender que o impacto real naquela jornada possa ser totalmente diferente do inicialmente esperado. Tem problema inexplorado por aí que não tem receita pronta (então permita-se construir essa receita).

Encantar o cliente está muito distante de fazer somente aquilo que é pedido, é descobrir o que mais ele precisa. E essa visão, que vai além da necessidade, é um processo com sentimento, com intuição.

Até aqui, olhei somente para o impacto que esse trabalho intuitivo do design tem para o cliente, mas será que não conseguimos já ter um vislumbre do impacto que isso também pode ter no resultado? Se a intuição muda o jeito que lidamos com clientes, imagine o que ela faz com o próprio produto. Produtos espontâneos são criados por processos instintivos. E talvez todo produto encantador que você admira tenha nascido no espaço entre o método e a sensibilidade. Mas isso… é papo para o outro rolê.

Processo bem usado te leva até o problema certo.

Intuição bem treinada te leva até a solução inesquecível.

Obrigada por me acompanhar em mais uma reflexão sobre o mundo do design. Até logo! 🙂

Uma coisa intrínseca ao processo de design é a metodologia. Aprendemos que ser designer é atuar de acordo com um modus operandi, e ser um bom designer é saber pular de metodologia em metodologia a partir de uma análise fria e assertiva da melhor abordagem para aquele problema específico.

Isso não é diferente quando descemos um pouco e chegamos ao design de produto. Design Thinking, Double Diamond, Discovery, Delivery, modelo Lean… não faltam metodologias para serem estudadas ****que inovaram o mercado e mudaram a forma de pensar de gerações. Assim, muito do que se pensa ao se tornar um designer de produto é estudar cegamente um formato de trabalho e achar que o estudo termina aí. Mas (atenção, vou falar algo meio duro de ouvir…) se todo mundo tem os mesmos processos (calma, respira…) por que nem todo mundo (desculpa…) cria coisas incríveis (ai!)?

Existe algo que vem com a experiência e o tempo como designer: aquele desejo de seguir a própria intuição. Tanto tempo seguindo o mesmo passo a passo dá aquele sentimento de prisão – é inegável. Então, por que não fazer igual a tantas histórias inspiradoras? Por que não tomar as rédeas da própria jornada, sentir o vento no rosto, o olho encher de lágrimas de emoção e simplesmente jogar tudo para o ar?

Bom… porque isso provavelmente vai dar m*rd@. (Mas não por inteiro.)

Seguir um processo cegamente é tão doloroso para um produto quanto o desejo incontrolável de mudar tudo. Existe algo sabido e compartilhado entre lideranças de produtos de sucesso: você tem que abrir espaço para o acaso. Para que decisões sem resposta concreta e sem direcionamento claro de dados surpreendam. Muito acontece no desconhecido, e um produto que se fecha a essas oportunidades atira no próprio pé. Ter um time de designers maduros, conscientes da padronização de descobrimento, que sabe fazer as atividades seguirem uma sequência em cadeia e resultarem no esperado é ótimo. Mas ter um time que, além disso, sabe flertar com o desconhecido… é mágico. ✨

Um time intuitivo, eu diria, é mais seguro. Principalmente quando falamos de um mercado com o tamanho que tem o mercado de soluções digitais hoje em dia. Segurança psicológica, autonomia e espaço para experimentar são ingredientes difíceis de encontrar funcionando de forma plena (o que não falta por aí é esse tipo de descrição em vaga de trabalho). Lideranças que só cobram processo, criam executores e… sinceramente? Executores repetem e entregam o mesmo trabalho por aí. Lideranças que estimulam raciocínio criam pessoas habilitadas a inovar.

Me permita dizer: um design de alto nível acontece quando profissionais:

✦ entendem o processo tão bem que conseguem dobrá-lo;

✦ sabem quando ir mais fundo e quando cortar caminho;

✦ tomam decisões não só “certas”, mas ousadas e relevantes para o contexto.

E, quando isso cruza com o contexto do cliente, o ganho se torna ainda maior.

É ótimo quando temos uma reunião de alinhamento de discovery e damos checks no que foi realizado até aqui. “Comparativo entre concorrentes feito? Sim! Entrevistas realizadas? Sim! Jornada mapeada? Sim!” Pois imagine um grande sorriso inexpressivo aqui 😬.

O “quê” da questão do que eu estou falando está (muito) na atenção. É ao prestar atenção que se pode enxergar a conexão que existe entre o cliente e o problema em questão. É ao prestar atenção que você cria a porta que vai permitir algo realmente impactante sair dali.

“Quando prestamos atenção de verdade, até o óbvio revela algo novo”, diria algum livro budista sobre atenção plena.

Vamos lembrar: o cliente veio até você para que você solucione a dor dele (óbvio), mas quais outras perguntas sobre o que o rodeia você pode fazer? O que falta conhecer sobre ele? Porque é ao fazer essas perguntas que você vai conseguir as respostas que calibram o seu poder de inovar, de surpreender.

Intuição = experiência + sensibilidade + leitura de contexto

Intuição não é improviso inconsequente. Pelo contrário: é o resultado de tantas referências, experiências, erros e acertos acumulados que nosso cérebro cria atalhos inteligentes. Uma intuição bem treinada reduz riscos. Ela enxerga padrões antes que os dados mostrem.

Aaaah, beleza, Kim (vou aceitar certa revolta se você chegou até aqui). Entendi que existe essa tal intuição, mas esse não é um conceito abstrato e out there demais para algo tão corporativo-mercadológico-capitalista quanto o processo de produtos digitais?

Bom, para mim, não. E, apesar de que sim, acredito no abstrato da coisa, decidi tentar exemplificar um pouco o que pode significar essa intuição durante um Discovery, por exemplo (de nada!):

✦ Olhe para processos com lógica. O modus operandi da minha empresa, do meu time, é relevante para o meu usuário? O que eu posso fazer para que isso se encaixe perfeitamente? Quem eu preciso acionar? O que eu preciso desconstruir (e reconstruir)?

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